Energia Solar será a eletricidade mais barata em 2020
Sexta, 09 de Setembro de 2016

Com seu crescimento quadruplicado nos dois últimos anos e 110 projetos de usinas fotovoltaicas em construção, o Brasil hoje tem 3.981 conexões de energia solar. Estes são sinais de um futuro com foco nas energias renováveis.

As capitais de Belém, Fortaleza, e Rio de Janeiro, Recife e Goiânia hoje têm o melhor retorno dos projetos de baixa tensão realizados em pequenos negócios, condomínios, hospitais, shopping centers e residências. Estima-se que em 2020 a energia solar será a forma mais barata de produzir eletricidade, este preço diminuirá em 60% até 2040.

O mercado da energia solar caminha a passos firmes. É necessário apostar em energia limpa, renovável e que contribuirá com um desenvolvimento da indústria local. A energia fotovoltaica vive um boom no Brasil e no mundo. Como vantagens da energia fotovoltaica, é citada a fácil instalação, o fato de ser uma energia renovável e abundante, a previsibilidade nos custos e a redução da dependência das distribuidoras locais. Outras alternativas são a durabilidade (de 20 a 25 anos nas placas) e a capacidade de chegar em áreas remotas.

Como dificuldades o desconhecimento da tecnologia (fotovoltaica x aquecimento), financiamento dos projetos e o imediatismo da sociedade brasileira por mudanças.

Na visão de Haratz hoje não existe um apoio abrangente por parte do poder público, no entanto afirma que iniciativas como o Sistema de Compensação de Energia Elétrica com as Condições Gerais de Fornecimento (Resolução Normativa nº 414/2010) já são um ótimo começo.

O Brasil é um território muito rico para o mercado de energias renováveis, mas ainda falta conhecimento por parte da população. Consciência ambiental e educação.

O Brasil está atravessando uma crise econômica, mas a prioridade ainda é energia solar e outras renováveis. Isso terá um impacto na taxa de emprego se o país estabelecer uma cadeia de valor robusta no setor. Há muitas oportunidades para jovens engenheiros, trabalhadores experientes e especialistas.

Contexto Internacional

Na feira Intersolar South América, que aconteceu em São Paulo do 23 ao 25 de agosto, palestrantes do mundo todo apresentaram em workshops a realidade do mercado de energia fotovoltaica em outros países.

Bruce Douglas, diretor de Operações da Solar Power em Europa, apresentouum estudo dos países que mais investem em energia solar no continente. Sendo estes Reino Unido (35% da produção), Alemanha (27%) e França com (13%).

Frank Haugwitz, diretor da Ásia Europe Clean Energy, demonstrou que nos últimos anos o mercado asiático atravessou uma transformação radical em relação a energia renovável “Considero que teve muito a ver com a contaminação ambiental. Os governos e a população desacreditavam na energia solar e hoje tem um interesse muito forte na aplicação desta eles mudaram o pensamento” explica.

Para as empresas do setor nos próximos anos a China será o epicentro da energia solar incentivando a criação de políticas para desenvolver a produção doméstica em países como Índia, Vietnam, Indonésia, Paquistão e Irã.

Economias prósperas, crescente demanda de energia, processo de urbanização, sistemas de eletrificação rural e iniciativas de mudanças climáticas fazem parte do processo de desenvolvimento da economia solar nos próximos anos.

Fonte: Catraca Livre.